quinta-feira, 21 de maio de 2009

ALEX : É UM EXEMPLO DE VIDA PARA NÓS!!!




PAIXÕES DA MINHA VIDA!!!


SÍNDROME DE DOWN

SÍNDROME DE DOWN (Trissomia do Cromossomo 21)O que é?A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica microscopicamente demonstrável. É caracterizada por história natural e aspectos fenotípicos bem definidos. É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele.Características ClínicasA síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança.Embora as pessoas com síndrome de Down tenham características físicas específicas, geralmente elas têm mais semelhanças do que diferenças com a população em geral. As características físicas são importantes para o médico fazer o diagnóstico clínico; porém, a sua presença não tem nenhum outro significado. Nem sempre a criança com síndrome de Down apresenta todas as características; algumas podem ter somente umas poucas, enquanto outras podem mostrar a maioria dos sinais da síndrome.Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são: achatamento da parte de trás da cabeça,inclinação das fendas palpebrais,pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,língua proeminente,ponte nasal achatada,orelhas ligeiramente menores,boca pequena,tônus muscular diminuído,ligamentos soltos,mãos e pés pequenos,pele na nuca em excesso.Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.CitogenéticaA maior parte dos indivíduos (95%) com trissomia do 21 tem três cópias livres do cromossomo 21; em aproximadamente 5% dos pacientes, uma cópia é translocada para outro cromossomo acrocêntrico, geralmente o 14, o 21 ou o 22. Em 2 a 4% dos casos com trissomia do 21 livre, há mosaicismo, isto é, uma linhagem de células com trissomia e uma linhagem de células normal na mesma pessoa.Aconselhamento genéticoPais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.Cuidados especiaisAs crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial. Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.

domingo, 10 de maio de 2009

Escola inclusiva

Segundo Rosana Rodrigues Dias, “não basta matricular para dizer que somos uma escola inclusiva, é preciso garantir as condições de aprendizagem” (Nova Escola, outubro, 2007, p. 41). A Escola inclusiva perpassa por todos os envolvidos no contexto social, a mudança de mentalidade tem que abranger todos.
O Brasil caminha lento, mas continuamente em direção de uma Escola Inclusiva de fato, tanto que em 1997, quase 90% das pessoas com deficiência matriculadas freqüentavam instituições ou classes especiais. Hoje, apenas 53% estão nessa situação, ou seja, quase metade está em salas regulares. ( Nova Escola, outubro, 2007, p. 39).
São dados de extrema relevância, pois demonstram uma progressão no cumprimento da nossa constituição que prevê em seu art. 206, que o ensino será ministrado com base no princípio da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Ainda no art. 208 diz que é dever do Estado fazer com que a Educação seja efetiva, mediante a garantia de que o atendimento especializado aos portadores de deficiência, seja feito preferencialmente na rede regular de ensino.
Mas será que nossas Escolas, que apresentam estatísticas tão otimistas, estão realmente cumprindo o seu papel de escola inclusiva? Estes
alunos matriculados estão realmente sendo incluídos? Ou simplesmente trocaram à margem da Sociedade pelas margens dos espaços físicos das instituições escolares, colocados em salas de aulas que não são mais utilizadas e agora são denominadas salas de TOs (Terapia Ocupacional) ou similares.
Incluir vai além de simplesmente colocá-los na Escola, incluir é oportunizar condições para que ocorra a aprendizagem.
2 CONCEITUANDO PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS
Segundo o dicionário Wikipédia, a Organização Mundial de Saúde definiu que a Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa.
Considerar alguém com síndrome de Down e que dança o “Lago dos Cisnes”, ou que consegue tocar uma Sinfonia de Beethoven , ou ainda olhar para alguém como Daniel Dias , atleta paraolimpico , que ganhou nove medalhas na natação na última paraolimpíadas de Pequin, e chamá-los de “deficientes” , não é um termo apropriado.
A expressão, pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua uma deficiência O termo “deficiente” para denominar pessoas portadoras de deficiência tem sido considerado inadequado.
3 AS DEFICIÊNCIAS
As deficiências podem ser denominadas: física ou intelectual. Ambas podem apresentar diferentes níveis de comprometimento, bem como podem ser conseqüências de diferentes causas.
As deficiências podem apresentar-se nos períodos: pré-natal, peri-natal e pós-natal. Existem ainda as deficiências congênitas, ou seja, de ordem biológica e as adquiridas. Também podem ser reversíveis e irreversíveis.
3.1 DEFICIÊNCIA FÍSICA
Deficiência física é o nome dado as consequencias de problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mal funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores.
Aparentemente pode parecer que a inclusão de pessoas com deficiências físicas é fácil, pois sua congnição é menos comprometida.Acontece que as deficiências fisicas também se apresentam em diferente níveis, e algumas afetam profundamente o processo cognitivo.
A inclusão das pessoas com deficiências fisicas , exigem além de profissionais capacitados, uma profunda adequação e estruturação das instituições de Ensino, tais como: rampas , apoiadores, pranchas, pisos com texturas diferentes,etc.
Outra grande dificuldade na inclusão de pessoas com deficiência física, são as reações causadas em virtude de sua aparência.Por mais concientizados que possamos parecer , o diferente , causa-nos estranheza e medo. Talvez por causa da nossa insensibilidade ou ainda , pode ser reflexos de uma Sociedade que escondia suas deficiências , em detrimento de seus portadores.
3.2 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A Deficiência Intelectual corresponde às expressões como insuficiência, falta, falha, carência, imperfeição, que se definem como um conjunto de problemas que ocorrem no cérebro humano, e leva seus portadores a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afeta outras regiões ou funções cerebrais.
A Deficiência mental não é uma doença, portanto não tem cura. Porém o seu lado intelectual é afetado. Apesar de reduzida esta capacidade intelectual, abaixo dos padrões considerados normais, o portador tem capacidade de aprender.
Ela se apresenta em diferentes graus de comprometimento intelectual , diferenciando suas potencialidades , tornando seus portadores diferentes entre si. Na maioria das vezes, as dificuldades se manifestam como : nítido atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, aquisição da fala e outras habilidades (comportamento adaptativo).
O processo de aprendizagem é compreometido,mas não é nulo, portanto as pessoas portadoras de deficiencia Intelectual, não podem ser excluidas do processo de aprendizagem.
4 INCLUSÃO DE FATO, COMPROMETIMENTO DE TODOS
A escola inclusiva parte do pressuposto que todas as pessoas podem aprender e fazer parte da vida escolar e social. Ela garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade, respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.
A inclusão não pode ser encarada como assistencialismo. A inclusão escolar de portadores de deficiências não é caridade, é o resgate de um direito constitucional, garantido por lei a todos os cidadãos, independente de sua condição física ou intelectual.
Escolas que não buscam adaptar seu espaço físico e disponibilizar recursos para a capacitação de sua docência, estão descumprindo a lei e negando a estes cidadãos o direito à Educação.
As instituições de Ensino, através de seus responsáveis têm a incumbência de exigir do Estado, os recursos necessários para dispor a todos portadores de deficiência, oportunidades e os meios de alcançarem a aprendizagem, independentemente do tempo de resposta desta aprendizagem.
5 CONCLUSÃO
Podemos imaginar, como reagiria um Espartano do século X a.C. , ao visitar nossas escolas inclusivas e observar um aluno com Síndrome de Down participando das atividades em grupo na sala de aula, ou se der repente ele observasse um jovem com movimentos involuntários provocados por uma deficiência neuromotora, escrevendo uma frase toda rabiscada ou ainda um cego tateando um livro todo perfurado, extraindo dali um mundo de informações. Talvez ele dissesse: O que eles fazem aqui? Por que não os lançaram no abismo com os outros? Por que os deixaram viver?
Por mais absurda que possa parecer esta indagação, ainda existem em nossa sociedade muitos Espartanos, que acham que pessoas portadoras de deficiências, nada podem agregar. Não os arremessam nos precipícios, como faziam no passado, mas os coloca do outro lado, impossibilitando uma convivência harmoniosa e interativa, jogando fora oportunidades impar de aprendizagem.
Existem ainda os Espartanos Institucionais, aqueles docentes que dizem não estar capacitados para receberem em suas salas de aula os deficientes. Além de inserir os portadores de deficiências do outro lado do precipício, retiram deles toda a esperança de um dia terem a possibilidade de atravessá-lo. Justo estes que tem o dever de servirem como ponte de ligação entre os dois lados deste abismo social.
O compromisso do Educador é com o processo de transformação do Ser Humano, proporcionando-lhes recursos para que possam através de suas potencialidades, desenvolverem a aprendizagem. Embora em algumas pessoas, a velocidade desta aprendizagem não corresponda aos padrões sociais, elas não deixam de Ser Humanos e o compromisso do Educador continua o mesmo.
6 REFERÊNCIAS
GURGEL, Thais. Inclusão, só com aprendizagem. Revista Nova Escola, São Paulo, ed.206, p.39 e 41, out.2007.
NASCIMENTO, Luciana Monteiro. Educação
Especial. Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.
WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Deficiente . Acesso em:12/11/2008.

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